Em evento da ALTA Leaders Forum, em Cancún, a conexão entre a qualidade dos prestadores de serviços de ground handling e a segurança operacional atraiu o interesse de empresas aéreas e de ground service providers de outros países. Também foi destaque o desenho do programa de Certificação que atua com um formato de autorregulação

No fim de outubro, durante o fórum da ALTA (Associação Latino-Americana e do Caribe de Transporte Aéreo), realizado em Cancún, no México, o programa de certificação do Brasil, o CRES (Certificado de Regularidade em Serviços Auxiliares ao Transporte Aéreo), chamou a atenção de players internacionais, como companhias aéreas e provedores de serviços em solo presentes no encontro.

Na ocasião, Elber Biondi, Diretor Jurídico da dnata para América Latina, representou a ABESATA ao apresentar o CRES. “O que mais chamou a atenção dos participantes foi justamente a conexão da saúde financeira da empresa com a segurança operacional, já que muitos pensavam apenas no aspecto regulatório, mas mostramos a eles o quanto uma certificação independente se atenta a questões que o poder público pode não levar em conta”, destacou Biondi.

O CRES é um programa de autorregulação voluntário que tem como objetivo garantir a segurança operacional, a qualidade e a segurança jurídica na oferta de serviços auxiliares ao transporte aéreo. Para obter o certificado, as empresas devem passar por uma auditoria independente que avaliará seu desempenho em dimensões regulatórias, financeiras, operacionais, entre outras.

“A certificação permite que as ESATAs atinjam níveis altos de segurança operacional, qualidade e segurança jurídica na provisão de serviços. Isso é uma comprovação de que estão regulares ou em dia com suas obrigações legais, e que possuem uma operação saudável alinhada às melhores práticas mundiais”, disse Paulo Costa, diretor Jurídico e Regulatório da ALTA.

Criado há um ano, o CRES já conta com 11 empresas certificadas e está presente em mais de 60% dos aeroportos brasileiros. Além disso, já são 18 aeroportos com acordos assinados para dar preferência à contratação ou cessão de melhores área para as empresas que possuem a certificação.

Hoje, as empresas de ground handling no Brasil respondem por 95% das operações em solo, como a limpeza e desinfecção de aeronaves, o atendimento e transporte de superfície de passageiros e tripulantes, check-in, manuseio no terminal de carga, canal de inspeção – security – para embarque de passageiros, bagagens e cargas aéreas, entre outras modalidades.

Mais informações em www.abesata.org

 

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