É preciso tomar cuidado com mensagens recebidas por whatsapp, especialmente com links, não receber portadores em casa e nem entregar documentos pessoais, como cartão de débito. E mais, só contratar empréstimos ou fazer transações com correspondente certificado, como exige o Banco Central

Em tempos de pandemia, houve um aumento no número de golpes que circulam pelo WhatsApp. Segundo a Febraban, entidade que representa os bancos, desde o início da quarentena até agora houve uma alta de 44% de links maliciosos. A Aneps (Associação Nacional dos Profissionais e das Empresas Promotoras de Crédito e Correspondentes no País), orienta os correspondentes, que já são mais 1,7 milhão no país, a reforçar com os clientes a necessidade de redobrar os cuidados para não cair em golpes.

Segundo a instituição, as fraudes não chegam apenas por links no WhatsApp. “Já ouvimos relatos que pessoas que receberam um falso trabalhador de serviços bancários em casa para retirar o suposto cartão clonado, histórias de exigência de depósitos para liberar empréstimos e muitas outras”, avisa Edison João Costa, presidente da Aneps. Sem contar os casos de oferta de empréstimo consignado mesmo quando o aposentado já ultrapassou o limite de comprometimento do benefício estabelecido por lei. “Nestes casos, o aposentado está contratando outro tipo de empréstimo, com taxas mais altas, e nem sabe disso.”

Para evitar cair em golpes, a Aneps dá alguma dicas. A primeira delas é verificar se a pessoa que está cuidando do pedido, seja ela crédito, empréstimo ou transferências bancárias, é certificada, como exige o Banco Central. Esta certificação atesta a qualidade do profissional e ajuda a garantir a qualidade do atendimento, bem como a segurança da operação, reduzindo o número de fraudes.

O segundo alerta vai para a cobrança de taxas ilegais. “Esta prática é proibida e ninguém tem de pagar valor algum antes de ter o empréstimo liberado”, afirma o presidente da Aneps. Segundo ele, quem cobra isso está cometendo um crime e deverá ser impedido de atuar na rede de correspondente. Não é comum também receber correspondente bancário em casa para fazer alguma transação, ou retirar algum material. Pode ser golpe.

Em todo o Brasil, são mais de 374 mil pontos de venda que oferecem serviços financeiros, fora das agências bancárias. Nestes locais, especialmente em cidades menores, as pessoas pagam contas, remetem dinheiro para outras pessoas e contratam empréstimos pessoais, imobiliários, financiamentos para compra de carros, entre outros, incluindo os empréstimos consignados para aposentados.

Os correspondentes no país, popularmente conhecidos como correspondentes bancários, levam os serviços financeiros a todas as pessoas, universalizando o sistema bancário e garantindo capilaridade. O profissional que trabalha em um correspondente diretamente em contato com o público consumidor, na oferta de produtos financeiros, deve obrigatoriamente ser certificado de acordo com a Resolução nº 3954/2011 imposta pelo Banco Central. Só assim é possível garantir capacitação técnica e fortalecimento do sistema.

A Aneps tem um canal de ouvidoria em que recebe constantes denúncias deste gênero. Para se ter uma ideia, se comprovada a denúncia contra uma pessoa envolvida em fraude, esta pode perder sua certificação e ficar fora do mercado.

Saiba mais sobre a Aneps (Associação Nacional das Empresas Promotoras de Crédito e Correspondentes no País) 

As empresas promotoras de crédito e correspondentes atuam de forma independente como terceirizadas para financiadores ou credores, ou seja, prestam serviços financeiros fora das agências. Estes profissionais realizam recebimentos de pequenas contas, como água, luz, telefone entre outros, e pagamento de 57% dos benefícios sociais, como aposentadoria e Bolsa Família. Segundo o site do Banco Central do Brasil, mais de 374 mil postos de atendimento ao consumidor. Um segmento econômico que gera cerca de 1,7 milhão de postos de trabalho. A Aneps foi criada em 2001 para representar os interesses dessas empresas e obter o reconhecimento como categoria importante na cadeia produtiva. Para mais informações, acesse www.aneps.org.br.

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