Diálogo com a iniciativa privada, especialmente através das entidades associativas, foi o ponto que mais marcou a fala do novo Ministro da Infraestrutura, Tarcisio Gomes de Freitas, em solenidade no segundo dia do ano. A opinião é do presidente da Abesata (Associação Brasileira das Empresas de Serviços Auxiliares de Transporte Aéreo), Ricardo Aparecido Miguel, que acompanhou em Brasília a solenidade de posse no Ministério da Infraestrutura e também do novo Ministro da Ciência e Tecnologia, o astronauta Marcos Pontes.

 Na ocasião, o novo responsável pela área de Infraestrutura propôs a revisão dos contratos de privatização em vigor, em especial os que não são mais exequíveis, e também a situação das agências reguladoras que necessitam de otimização de seus recursos humanos. “A junção ou não de agências vai ser extremamente debatido porque o debate será a marca desta gestão, especialmente com a iniciativa privada. Ao mesmo tempo sabemos que precisamos de agências reguladoras fortes que garantam o bom ambiente de negócios”, disse o novo Ministro da Infraestrutura, durante sua apresentação em Brasília. Para Freitas, a situação do Aeroporto de Viracopos preocupa. Nova rodada de privatizações de aeroportos está prevista para março.

 Em relação ao novo Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC), o presidente da Abesata está bastante otimista com a possibilidade de cooperação entre a entidade de ground handling e os institutos técnicos provavelmente vinculados à pasta. Parcerias podem ser criadas para o desenvolvimento de novas tecnologias, capacitação de mão de obra,  desenvolvimento do setor de aviação e em especial otimizar os recursos do MCTIC em favor da população como um todo. “A exemplo do que estamos criando com a Prefeitura de Guarulhos para a capacitação de profissionais para o ground handling, podemos fazer várias outras parcerias e fomentar a indústria”, disse Miguel, presidente da Abesata.

 Em todo Brasil, existem hoje 122 ESATAs (empresas especializadas em serviços auxiliares do transporte aéreo) representando uma força de trabalho de 40 mil postos diretos. Em todo mundo, 50% dos serviços auxiliares do transporte aéreo são realizados por empresas especializadas. No Brasil, ainda estamos em 40%. Mais informações em www.abesata.org

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