Para o presidente da Abesata, no próximo mês o setor já vai chegar a 86% do contingente de trabalhadores pré-pandemia. Em agosto de 2019, o handling empregava 46 mil trabalhadores e precisou demitir um terço com a crise sanitária
O avanço da vacinação contra Covid-19 em todo o país está estimulando a volta da aviação doméstica em ritmo mais acelerado do que o previsto inicialmente. Em julho, tivemos o terceiro mês de aumento na oferta de voos domésticos, chegando a 68% da oferta pré-pandemia. Com isso, setores como o de serviços em solo já estão contratando profissionais para atendimento dos voos, dando prioridade aos que estavam temporariamente afastados.
“Para nós, o ponto de virada da crise foi o começo da vacinação dos profissionais que trabalham com a aviação, iniciada em maio. De lá para cá temos visto a indústria se recuperar gradativamente e acreditamos que voltará aos níveis pré-pandemia antes do esperado”, disse Ricardo Aparecido Miguel, presidente da Abesata (Associação Brasileira das Empresas de Serviços Auxiliares do Transporte Aéreo). A previsão inicial era chegar a 70% da oferta apenas em setembro.
Com isso, as contratações de mão de obra por parte das empresas de serviços em solo tiveram que ser antecipadas. O setor, que contava com o contingente de 46 mil profissionais antes da pandemia, precisou demitir um terço do pessoal, diante da queda no número de voos atendidos. “O segmento de ground handling é intensivo de mão de obra e foi duramente penalizado pela crise sanitária, pois, além da redução drástica dos voos, as empresas tiveram enorme dificuldade em receber os valores devidos pelos serviços já prestados, aliado ao fato da dificuldade de conseguir empréstimos bancários, diante das exigências dos agentes financeiros que não quiseram compartilhar os riscos”, disse Miguel.
Segundo dados da própria ABEAR, a expectativa das empresas aéreas domésticas é atingir em agosto deste ano 70% da malha aérea vivenciada em agosto de 2019. Quanto à evolução da retomada dos voos e em particular os reflexos na mão de obra das empresas de serviços em solo, segundo a ABESATA, o planejado para agosto de 2021 é chegar a 86% do contingente pré-pandemia (referência agosto de 2019).
Há que se considerar alguns movimentos importantes dos últimos meses para a diferença dos números entre a ABEAR e a ABESATA e que impactam na análise dos indicadores: o surgimento de novos hubs pelo Brasil, com maior concentração de voos, buscando maior conectividade e causando aumento de eficiência para o operador aéreo e menor sinergia de pessoal de solo, a recente transferência dos serviços auxiliares de grande parte das bases da Latam para empresas especializadas de apoio em solo, bem como o surgimento de algumas novas companhias aéreas que já nasceram com o formato de utilizarem as empresas de ground handling nas suas operações aéreas.
“O segmento ficou bastante unido com a inclusão dos trabalhadores das administrações aeroportuárias e das empresas de ground handling na vacinação prioritária. O que só aconteceu graças a um esforço conjunto de algumas associações e sindicatos do setor, que solicitaram a alteração da expressão “funcionários das companhias aéreas nacionais” para “funcionários de companhias aéreas, aeroportos e empresas de serviços auxiliares do transporte aéreo” no texto de definição do grupo prioritário”, explicou Miguel. Mais informações em www.abesata.org
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