A decisão de investir vai muito além de uma aplicação de recursos para produzir uma decisão racional, buscando otimizar a relação entre o risco e o retorno. Muitas das decisões são tomadas por reações de cunho emocional.  Essa escolha pode ser explicada pelas finanças comportamentais ou Behavioral Finance, linha de pesquisa que tenta compreender a influência de vieses cognitivos, sociais e emocionais nas decisões de investimentos. Trata-se de um ramo de estudo que associa a psicologia à economia, para entender como as pessoas cuidam do dinheiro.

Apesar da teoria de finanças clássica tratar o investidor a partir de um pressuposto de racionalidade, não é assim que acontece na prática. “Muitos investidores tomam decisões equivocadas, que são influenciadas por fatores como o efeito manada, falta de conhecimento ou de experiência e até mesmo pelo fato de não estarem preparados para lidar com perdas e erros”, disse Francisco Levy, estrategista financeiro e especialista em gestão de ativos há mais de 30 anos.

Para o especialista, um dos principais erros comportamentais dos investidores é o excesso de confiança. É preciso ter os pés no chão e entender que risco e retorno caminham juntos. O excesso de confiança é um fator que leva à negligência do risco e à falsa percepção de previsibilidade e de domínio sobre o futuro do retorno e, principalmente, do risco associado.

E, por falar em risco, a falta de conhecimento e de experiência também leva o investidor a ter uma falsa percepção do risco que corre em relação ao retorno que espera em uma aplicação financeira. “Muitos investidores são facilmente induzidos a entrar em determinadas apostas quando o investimento é contextualizado de maneira a aparentar um risco menor do que o que existe de fato”, disse Levy. O estrategista financeiro ressalta a importância de aproveitar sistematicamente as pequenas distorções nessa relação risco/retorno para realizar ganhos consistentes a longo prazo.

Outro comportamento equivocado dos investidores é não aceitar as perdas. A tendência do investidor é, em ambientes favoráveis, satisfazer-se com os lucros, mesmo que modestos. Entretanto, quando os prejuízos acontecem, a tolerância em segurar posições é muito grande. Isso traz uma assimetria entre as intensidades de lucros e prejuízos.

Meir Statman, um dos maiores nomes em Finanças Comportamentais, diz que: “É preciso estar preparado para lidar com perdas e erros. Saber a hora de entrar e sair é crucial”. Ter humildade em conviver com erros e acertos de forma e acreditar que a análise e a dedicação irão trazer retornos consistentes não porque se acerta quase sempre e sim porque a escolha de boas relações de risco e retorno tendem a dar resultados médios superiores.

Por fim, um dos maiores fenômenos no ramo de investimentos é o efeito manada, um comportamento em massa do mercado. “Com o ambiente de negócios favorável e a economia apresentando sinais de melhora, os investidores começam a comprar na alta e, na situação inversa, vender na baixa, influenciados por noticiários sem ponderar o quanto eles já afetaram o preço”, disse Levy.

Francisco José Levy é especialista em planejamento financeiro e diretor da Allea WM. Tem mais de 25 anos de experiência em investimentos através de funções executivas em Bancos e Assets, atuando em tesourarias, gestoras e private/wealth management. Recentemente fundou a Allea WM para colocar a experiência adquirida à disposição de famílias e clientes que buscam soluções patrimoniais, de planejamento financeiro ou de investimentos de maneira isenta e profissional.

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