O volume de operações também está em alta. No primeiro quadrimestre do ano foram 120 mil movimentos (pousos e decolagens), contra 350 mil em todo o ano de 2021 e 281 mil em 2020, conectando o país para levar desenvolvimento, transportar doentes e vacinas para os lugares mais distantes

A aviação geral segue registrando números positivos no país no primeiro quadrimestre de 2022. Segundo dados levantados pela Abag (Associação Brasileira de Aviação Geral), o segmento registrou novamente alta no número de movimentos, pousos e decolagens no mês de abril, fechando com 32 mil movimentos em 34 aeroportos monitorados. Ao longo dos primeiros quatro meses do ano de 2022, os pousos e decolagens somaram 120 mil, contra 350 mil ao longo de todo o ano de 2021 e 281 mil em 2020.

“Ao longo dos meses de pandemia, a aviação geral mostrou a sua importância ao país e seguiu voando intensamente, quando a malha aérea comercial foi drasticamente reduzida. Foi a aviação geral quem garantiu o transporte de doentes, levou oxigênio na crise de Manaus e transportou vacinas aos lugares mais distantes para garantir a imunização de todos”, disse Flavio Pires, diretor da Abag. 

Outro dado interessante diz respeito à frota de aeronaves da aviação geral. Um crescimento de 2,5% em relação à frota registrada em abril do ano passado. Hoje são 9.433 aeronaves registradas e em abril de 2021 eram 9.163. Entre os jatos, o crescimento é ainda mais expressivo na comparação de um ano com o outro. Hoje são 749 jatos executivos (dados de abril de 2022) e em abril do ano passado eram 689. Ou seja, 60 novos jatos foram integrados à frota brasileira, um crescimento de 8,7%.

O número de turboélices, por sua vez, cresceu 12,95% na frota da aviação executiva. Se em abril do ano passado eram 1.295 aeronaves, em abril desse ano chegamos a 1.462 unidades. A frota de helicópteros movidos a turbina também registrou alta de 6,1% em abril em relação ao mesmo mês do ano passado, saltando de 1000 aeronaves para 1.061.

Outros parâmetros que mostram o aumento da movimentação da aviação de negócios são o consumo de gasolina de aviação, já em níveis pré-pandemia, e de querosene de aviação. Em março deste ano, foram comercializados 4,8 mil metros cúbicos de gasolina de aviação, contra 2,8 mil em março de 2020 e 4,3 mil em março de 2021. A venda de querosene segue abaixo do volume registrado no início de 2020, são 401,1 mil metros cúbicos em março deste ano contra 426 em março de 2020 e 296 mil em março de 2021.

“Em um primeiro momento, as pessoas procuraram a aviação executiva porque a malha aérea havia sido reduzida ao mínimo com a pandemia, depois porque queriam viajar em segurança, com menor risco de contágio. Agora, vemos que mais pessoas estão recorrendo à aviação de negócios para garantir produtividade e chegar onde querem de forma mais rápida”, disse o diretor da Abag.

A entidade promove entre os dias 9 e 11 de agosto mais uma edição da Labace, a maior feira de aviação executiva da América Latina, em São Paulo, no Aeroporto de Congonhas. “Depois de dois anos sem acontecer, a Labace vem em um momento bastante positivo do setor, quando a aviação de negócios está em franco crescimento, movimentou o país de norte a sul nos meses mais complicados, e é cada vez mais percebida como uma ferramenta fundamental para a gestão do tempo e da agenda dos executivos”, disse Pires.

 Mais informações em https://labace.com.br 

 

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