A expectativa dos empreendedores é ultrapassar os 50% vendidos até abril, quando acontece o lançamento oficial do Antares. O pólo aeronáutico conta com uma pista de 1.800 metros, sendo capaz de receber até um Gulfstream 650

Desde o pré-lançamento, no fim de outubro, já foram comercializados 28% dos lotes do Antares Pólo Aeronáutico oferecidos ao mercado nessa etapa inicial. “O projeto para a região metropolitana de Goiânia, na cidade de Aparecida de Goiânia, foi muito bem aceito, além do que vendemos, há várias tratativas em andamento”, disse Eumar Lopes, gerente de produto do Antares. A expectativa é de que a partir do lançamento em abril e início das obras, a meta é chegar a 50% dos lotes vendidos da parte 1 da 1ª e 2ª etapas. O empreendimento vai receber um investimento de R$ 100 milhões.

Algumas empresas importantes já estão no Antares, entre elas a Quick Aviação, destaque na área de manutenção de aeronaves no Centro-Oeste, Fênix Aviação e outros executivos e investidores. “Ao longo de 2021, vamos trazer novas empresas. Já começamos a prospecção em outros Estados como São Paulo, Paraná, Distrito Federal e acreditamos na vida de outras empresas”, disse Lopes.

Com 209 hectares de área, o polo aeronáutico será voltado para aviação executiva, manutenção e operações logísticas. A construção do empreendimento será em cinco fases e para o pré-lançamento foram disponibilizados apenas 72 lotes para venda. A estrutura de apoio e a pista ficarão prontos em 2024.

A pista do Antares terá 1.800 metros de extensão, podendo receber todos os modelos de aviação geral, jatos executivos, monomotores, bimotores, até o Gulfstream 650.

O empreendimento deve atrair empresas de táxi aéreo, serviço aeromédico, manutenção, hangaragem, escolas para formação de pilotos e estrutura de apoio, com comércio, restaurantes e hotel. A expectativa é atrair também indústrias, em especial fábrica de peças aeronáuticas, turbinas e motores para aviação, entre vários outros. Além de empresas voltadas para o segmento de logística.

O Centro-Oeste concentra grande parte da movimentação da aviação executiva no Brasil e o Antares quer absorver parte dos 63 mil pousos e decolagens realizados na região todos os anos.

O novo empreendimento será capaz de atender diversas necessidades em um só lugar, com um diferencial importante, os lotes poderão ser adquiridos, o que não acontece hoje nos demais aeroportos do país.

O Grupo Empreendedor responsável pelo Antares inclui as empresas Tropical Urbanismo, Innovar Construtora, CMC Engenharia, BCI Empreendimentos e Participações e RC Bastos Participações.

Diferenciais do Antares 

Ao todo foram necessários dez anos para aprovação do projeto. A licença da ANAC (Agência Nacional de Aviação Civil) já foi concedida, assim como as devidas licenças ambientais.

Para empresas dos segmentos de aviação, de logística e indústrias de maneira geral, um dos principais atrativos será sem dúvida os incentivos fiscais já aprovados. Graças a uma lei de incentivo aprovada junto à prefeitura de Aparecida de Goiânia no ano passado, as empresas que se instalarem no Antares vão pagar 2% de ISS (Imposto sobre Serviços) por 20 anos, enquanto em outras cidades o valor chega a 5%, Além disso, a essas empresas serão concedidos 3 anos se isenção no ITU (Imposto sobre propriedade territorial urbana) e ainda alíquota reduzida do IPTU (Imposto predial e territorial urbano), variando de 0,08% a 0,3%. Além disso, toda a área do Antares foi incluída no plano diretor de Aparecida de Goiânia como área de interesse econômico e social do município. E foi editada uma lei específica no município que criou a área do sítio aeroportuário, com diretrizes de construção nas imediações do aeroporto e especificações para desenvolvimento da região.

No Centro-Oeste, apenas os estados de Mato Grosso e de Goiás estão entre sete maiores do Brasil em termos de frota de aeronaves da aviação geral e a região também possui 46% dos aeródromos privados do país, sendo que 399 estão no Mato Grosso. A região é dona de uma frota de 3.595 aeronaves, e houve um crescimento de 1% em 2017, sendo que em todo Brasil no mesmo período a frota expandiu apenas 0,1%. O Centro-Oeste também acumula o título de dono da maior frota de aeronaves agrícolas, 470 aeronaves.

Em todo o Brasil, a frota de aviação geral ultrapassa as 15 mil aeronaves e se posiciona como a segunda maior do mundo, atrás apenas dos Estados Unidos.

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