Depois de quatro anos de estagnação, construtoras começam a lançar novos empreendimentos. Em paralelo, queda dos juros de longo prazo torna as prestações do financiamento da casa própria menores, o que estimula a compra. Na visão do especialista, demanda maior do mercado imobiliário tende a impulsionar o aumento do preço do metro quadrado
Depois de quatro anos de um mercado parado, os estoques estão sendo desovados e agora a construção civil começa a retomar os lançamentos imobiliários. A expectativa é de que a demanda por imóveis residenciais suba nos próximos meses e no próximo ano, por isso, na visão do especialista em planejamento financeiro e diretor da Allea Wealth Management, Francisco Levy, é uma hora de voltar o olhar para o mercado imobiliário.
“Diante da possibilidade de uma perspectiva melhor para a atividade econômica a partir da aprovação da Reforma da Previdência, e com os juros baixos e crédito imobiliário com taxas historicamente baixas, as variáveis devem ser alimentadas e pressionar o déficit habitacional existente”, explica. Ao mesmo tempo, os preços podem subir graças a um possível hiato entre a capacidade de entrega imediata e o novo cenário das construtoras. “Com margens bem mais apertadas, condições de eficiência bem maiores que há cinco anos e oferta de mão de obra e serviços abundante, as construtoras podem aproveitar este eventual ciclo para aumento de preço e recomposição de margens.”
Em paralelo, Levy, que é diretor da Allea WM, também aposta em um outro fator que vai ajudar no aumento da demanda por imóveis. A queda dos juros de longo prazo. “Isso faz com que fique mais barato pegar um empréstimo, pois a prestação cabe no orçamento com maior facilidade. Juros menores ajudam a diminuir o valor a ser pago mensalmente e isso estimula o comprador de imóveis”, explica o especialista em planejamento financeiro.
Cenário para investidores
Comparativamente, Francisco Levy explica que o mercado financeiro já se recuperou, as ações já voltaram a valer o mesmo que valiam antes da crise, mas no mercado imobiliário os preços caíram e ainda não recuperaram. “Havia exageros e distorções, mas ainda há espaço para retomada e valorização dos imóveis e é nisso que se pode apostar.”
“Dada a queda dos juros das NTNBs de algo acima de 6% a.a. (acima de 0,50% ao mês) para algo ao redor de 4% , temos um movimento que torna interessante a compra de imóveis que rendam 0,5% ao mês (6% ao ano) de aluguel e devem, a médio prazo, pressionar os preços dos imóveis, até que este haja um equilíbrio mais próximo entre o rendimento das duas alternativas de investimentos”, explica.
Mas nem só de renda precifica-se o imóvel, existe um fator de médio prazo que está atrelado a confiança. “Neste aspecto, chama a atenção a Bolsa caminhar de algo abaixo de
50 mil pontos para algo acima de 100 mil pontos desde o fim do período Dilma, enquanto os imóveis ficaram, de lado, ou até com uma leve queda. Uma parte explicada pelo excesso anterior, mas, talvez por um atraso atual , uma vez que crescimento de renda e PIB ainda não apareceram, apesar de a bolsa estar antecipando este processo”, finaliza.
Francisco José Levy é especialista em planejamento financeiro e diretor da Allea WM. Tem mais de 25 anos de experiência em investimentos através de funções executivas em Bancos e Assets, atuando em tesourarias, gestoras e private/wealth management. Recentemente fundou a Allea WM para colocar a experiência adquirida à disposição de famílias e clientes que buscam soluções patrimoniais, de planejamento financeiro ou de investimentos de maneira isenta e profissional.
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