A partir das 17h, no auditório da Infraero, as principais entidades do setor unidas e os empresários de aviação que atuam no Campo de Marte vão se reunir para debater as ações e os próximos passos na luta contra a proposta do governador João Doria de fechar o oitavo mais movimentado aeroporto do país em pousos e decolagens 
 
Entidades associativas e empresários se reúnem hoje às 17h no Auditório da Infraero (avenida Santos Dumont, 1979) para debater as próximas ações em oposição à proposta do governador João Doria de fechar o aeroporto Campo de Marte. A Ideia é inaceitável, ainda mais sob o argumento de que o aeroporto, o quinto mais importante do país, é inseguro. 
 
Desde que o governador voltou ao tema, as entidades estão trabalhando em conjunto com o empresariado que atua no Campo de Marte para lutar contra a decisão, mostrando o quanto o aeroporto é fundamental para a cidade de São Paulo hoje e no futuro. “Em 12 anos foram 3 fatalidades, 10 anos da aviação causa muito menos mortes do que o trânsito de São Paulo. A aviação é muito segura e o Campo de Marte é fundamental para a cidade de São Paulo”, disse Flavio Pires, CEO da ABAG (Associação Brasileira de Aviação Geral). 
 
Participam da reunião de parlamentares ligados às causas do segmento, autoridades convidadas, associações e algumas das empresas que atuam em Marte, entre elas, Aristek Comércio Aeronáutico, Go Air Escola de Aviação, Helibras Helicópteros do Brasil, Helimarte Táxi Aéreo, JP Martins Aviação, Helifly Aviação, Sales Serviços Aéreos, TAG Aviation, Tucson Aviação, entre outras. Entre as entidades participantes estão ABAG (Associação Brasileira de Aviação Geral), Abraphe (Associação Brasileira de Pilotos de Helicópteros), Abrapac (Associação Brasileira de Pilotos da Aviação Civil), Acecam (Associação dos Concessionários, Empresas Aeronáuticas Intervenientes e Usuários do Aeroporto Campo de Marte), SNA (Sindicato Nacional dos Aeronautas) e Abtaer (Associação Brasileira de Táxis Aéreos e de Manutenção de Produtos Aeronáuticos).
 
Informações de apoio 
O Aeroporto Campo de Marte encerrou o ano de 2018 com 70 mil operações de pousos e decolagens, mas já chegou a 96 mil operações anuais, antes da crise de 2014. É o oitavo aeroporto mais importante do Brasil e conecta São Paulo a mais de 900 destinos em todo território nacional. Lembrando que o Brasil tem 5.500 cidades, mas a aviação comercial liga apenas pouco mais de 100 cidades. O restante precisa ser conectado com a aviação geral. O Brasil é dono da segunda maior frota de aeronaves da aviação geral, ficando atrás apenas dos Estados Unidos. São 15.421 aeronaves (dados de set de 2018), divididas em jatos (770), turboélices (1.326), helicópteros (2.085), anfíbio (40) e aeronaves convencionais (11.200). 
 
 
O Campo de Marte é fundamental para o sistema aeroviário de São Paulo. Todas as grandes cidades contam com um aeroporto central dedicado à aviação geral. Marte é alternativa para Congonhas que hoje dispõe de muito pouco espaço para os aviões de pequeno e médio porte. O usuário de Marte não é o de grandes aeronaves da aviação executiva, é outro perfil, com aeronaves menores, incluindo muitos helicópteros. Os aeroportos de Jundiaí e de Sorocaba não teriam como absorver estas 70 mil operações/ano, e a alternativa, mencionada pelo governador, o Aeroporto Catarina, que está sendo erguido pela JHFS, está um pouco mais distante dos centros empresariais da cidade de São Paulo, do que o aeroporto do Campo de Marte.
 
IMAGEM DA DIVULGAÇÃO DA REUNIÃO: https://flic.kr/p/ScHuUJ
 
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